CASOS UFOLÓGICOS INTERNACIONAIS
O Acidente em Aurora - Texas - E.U.A. - 1897
O Caso trata de um evento ocorrido no Texas em 17 de abril 1897, um dos mais antigos casos ufológicos já ocorridos, onde a história relata até mesmo um enterro cristão para o ser extraterrestre que faleceu no acidente.
O primeiro relato ocorreu em Sacramento, Califórnia, na noite de 17 de novembro de 1896 - uma luz estranha em um chuvoso céu noturno. Nesta primeira noite ele foi visto por dezenas de pessoas. A maioria viu apenas uma luz. Outros disseram ter visto uma forma escura de charuto atrás da luz. A descrição mais detalhada veio através de um motorista de bonde chamado Lowery, que disse ter visto uma máquina voadora manipulada por dois homens pedalando.
Quando a história chegou aos jornais no próximo dia, causou uma série de controvérsias. Os jornais Sacramento Bee e o San Francisco Call deram ampla atenção ao caso, e enviaram repórteres para entrevistarem as testemunhas. Em contraste, o San Francisco Chronicle descartou toda a coisa. Depois de alguns dias, a história se apagou.
Mas no dia 22 de novembro, o "dirigível misterioso" voltou. Ele passou sobre Sacramento e apareceu sobre Oakland, São Francisco e São José. Nos próximos dias o dirigível foi visto por toda parte na Califórnia. O ápice foi na noite de 25 de novembro, quando ele apareceu em onze lugares ao longo do estado, incluindo Auburn, Chico, Fresno, Hayward, Napa, Oakland, Pasadena, Petaluma, Sacramento, San Lorenzo e Visalia.
Desde o princípio, o fenômeno foi chamado de "dirigível" [airship]. Embora fosse quase sempre visto à noite, testemunhas afirmavam que podiam ver uma forma vaga atrás da luz forte. Elas falaram de fuselagens em forma de charuto, asas batendo e grandes rodas como a de um navio de pás. Algumas disseram ter ouvido vozes, seja em sotaques americanos ou em línguas desconhecidas.
Os relatos ficaram mais surpreendentes enquanto o mês passava. O Coronel Shaw, de Stockton, reivindicou ter encontrado seres não-humanos com o dirigível em uma estrada rural. Um homem em Indio alegou ter ido a bordo da nave para um vôo.
Se aquelas luzes realmente fossem de uma máquina voadora, quem era seu criador? Havia vários pretendentes à honra. Logo após os primeiros avistamentos, um advogado de São Francisco chamado George D. Collins anunciou que tinha sido contratado para representar o inventor do dirigível, que preferiu permanecer anônimo. Depois de alguns dias Collins se retratou de suas declarações, e disse que tinha sido um mal-entendido.
Pouco depois, William H. Hart, ex-promotor geral da Califórnia, proclamou que estava em comunicação com o inventor misterioso, e que o dirigível seria brevemente usado para bombardear a guarnição espanhola de Havana e liberar Cuba. Mas quando pressionado por detalhes e provas, Hart também voltou atrás em suas alegações.
O número de relatos na Califórnia diminuía ao mesmo tempo que novembro chegava ao fim. Houve uma breve aparição no dia 4 de dezembro, com avistamentos de dirigíveis no Brown Valley, Davis, Dixon, North Bloomfield, São Francisco e Vallejo. Então os céus ficaram quietos.
Em 7 de dezembro, a Califórnia tinha se cansado do dirigível - ou vice-versa. Os relatos foram sumindo das notícias e as mentes das pessoas se voltaram para assuntos mais mundanos. Mas a mania de dirigíveis não havia acabado. Longe disto; os avistamentos de dirigíveis tinham se movido para o leste.
O Dirigível Nas Pradarias
Começando em janeiro e continuando até abril de 1897, uma grande onda de avistamentos de dirigíveis cruzou lentamente as Grandes Planícies de oeste para leste. Como na Califórnia, a maioria dos relatos era de uma luz brilhante no céu noturno, temperados com alguns contos mais impressionantes. Foram relatados avistamentos por toda parte no centro dos EUA.
Nebraska era um foco de atividade de dirigíveis. O primeiro avistamento relatado chegou em fins de janeiro, e descrições em jornais dos avistamentos continuaram por meses. O ápice da onda de Nebraska foi em abril, quando as agradáveis noites de primavera convidaram as pessoas para fora para observar os céus. Os diretores de uma de um comércio em Omaha adquiriram uma carta supostamente do inventor do dirigível, que assinou "A.C. Clinton" e pediu três milhões de pés quadrados de espaço para exibir sua máquina. Ele não apareceu.
O dirigível foi avistado primeiro no Kansas no dia 26 de março, e relatos continuaram por abril e começo de maio. A estória mais surpreendente de Kansas veio de um fazendeiro chamado Alexander Hamilton, na pequena cidade de Le Roy. De acordo com Hamilton, o dirigível tinha passado em sua fazenda na noite de 20 de abril. Os pilotos laçaram um novilho do rebanho de Hamilton e levaram-no pelo ar. O Sr. Hamilton até fez uma declaração tabeliada de doze homens proeminentes de Le Roy, atestando sua honestidade e veracidade.
Depois de um punhado de relatos durante a primeira semana de abril, uma série espetacular de avistamentos de dirigíveis varreram Illinois e Indiana durante a semana de 9-16 de abril, com 110 relatos ao longo do curso de sete noites. Foi visto por toda parte em Illinois, freqüentemente em partes diferentes do estado na mesma noite.
Não muito longe, em Wisconsin, um fazendeiro encontrou uma carta, aparentemente dos pilotos do dirigível, descrevendo sua construção no Tennessee. Outras cartas apareceram no Michigan e Texas, obviamente brincadeiras. A mais célebre "mensagem do dirigível" foi descoberta em Astoria, Illinois. Estava endereçada a Thomas Edison, e era aparentemente um relatório codificado a ele do piloto do dirigível misterioso. O grande inventor chamou-a de uma "pura fraude."
Depois de Illinois e Indiana, os avistamentos começaram a desaparecer. Eles não terminaram de uma só vez; relatos ainda estavam sendo publicados em junho de 1897. Mas eles ficaram dispersos e eram poucos em número. A grande onda da mania de dirigível tinha terminado e retrocedido.
A pequena cidade de Aurora no estado do Texas, teve um incidente ainda mais dramático. No dia 19 de abril o Dallas Morning News informou que o dirigível tinha colidido com um moinho de vento em Aurora e explodido. O corpo do piloto foi recuperado, e identificado como não humano. Alguns dos restos revelaram também o material marcado com um tipo de hieroglyfo. Os moradores da cidade deram à pobre pequena criatura um enterro apropriado no cemitério local. Foi feito até um filme, “The Aurora Encounter” em 1986, estrelando Jack Elam. Um artigo de jornal do evento ainda existe, escrito por E.E. Haydon, repórter para o Dallas Morning News. Abaixo está o artigo original:
Enterro de um Extraterrestre.
"Extra!, Extra!" gritavam no Texas os distribuidores do Dallas Morning News naquele 19 de Abril. "Em Aurora se acidentou uma nave aérea!" Essa manhã os habitantes de todo o Estado do Texas se surpreenderam com um alucinante relato de S.E. Hayden que expunha aos seus leitores sobre o indicado incidente.
Ao que parece, em 17 de abril, entre 6 hs. e 6 e meia da manhã, os vizinhos da pequena localidade de Aurora contemplaram com assombro um estranho aparato cilíndrico e alargado que, soltando lampejos luminosos, perdia altura pouco a pouco. Depois de cruzar todo o povoado em direção norte, o objeto, que não superava a velocidade de 10 ou 12 milhas por hora, descendeu bruscamente, acidentando-se contra um moinho de propriedade do juiz Proctor. Ao espantoso ruído se seguiu uma bola incandescente - segundo as testemunhas - que permaneceu durante vários minutos no lugar do sinistro. Quando chegaram os primeiros vizinhos ao lugar do sucedido, se encontraram frente a um panorama desolador. Tudo havia voado pelos ares. O moinho do juiz Proctor ficou completamente destruído, do jardim que havia a seu redor não ficou nada e centenas de fragmentos metálicos estavam espalhados numa área de trinta mil metros quadrados ao redor da massa enegrecida que parecia ser o corpo central da nave. Os habitantes locais também acharam o cadáver do tripulante daquele objeto. "O piloto da misteriosa nave - publicaria o Dallas Morning News - era o único tripulante a bordo. Ainda que seus restos ficaram horrivelmente desfigurados, pelo que se pode ver resulta claro que não se tratava de um habitante deste mundo.".
Junto ao corpo, os vizinhos de Aurora encontraram uns papeis escritos com hieroglífos indecifráveis, provavelmente os restos do diário de bordo. Inclusive o reconhecido astrônomo T.J. Weems, que se encontrava nas proximidades de Aurora nos dias do sucedido, acudiu a observar o prodígio. Ao ver o corpo do piloto declarou: "não se trata de um habitante deste mundo".
Afortunadamente, algo dos restos da aeronave chegou às mãos de cientistas locais da época - como o doutor David Redden, que declarou através da análise de alguns fragmentos: "Três das mostras foram fabricadas à base de uma composição de alumínio e prata, mas uma delas requer muito mais investigação".
O interesse desatado por este incidente mobilizou a toda a população, que se dividiu em grupos de trabalho. Uns recolhiam quantos fragmentos podiam da aeronave sinistrada, e outros se ocupavam de embalsamar o cadáver e preparar seu funeral. De fato, essa mesma manhã todo o povo participou nas exéquias do infortunado piloto extraterrestre, sepultado com honras cristãs à sombra de uma árvore no cemitério de Aurora.
No entanto, os estranhos acontecimentos continuaram sobre os céus da localidade já que apenas um par de dias depois, a família Parks observou como sobre sua granja evolucionava pesadamente uma misteriosa nave aérea. De seus costados saía uma fumaceira tão abundante que os fez temer o pior. Aquele objeto parecia que ia acidentar-se sobre sua propriedade. Mas só se desprendeu dele uma massa brilhante que acabou por enterrar-se no solo (?).
Apesar de tudo, ainda que o ocorrido de Aurora a simples vista possa parecer transcendental, apegando-nos principalmente a que o objeto caiu em uma zona habitada e a que o cadáver do suposto extraterrestre foi enterrado no cemitério popular, a historia logo caiu no esquecimento.
Anos mais tarde, o caso foi objeto de uma curiosa reabertura por parte do Dr. Alfred Kraus, assessor do polêmico Informe Condon, que na década de 60 intentava averiguar se o fenômeno OVNI tinha algum fundamento. Por aquele então o Dr. Kraus havia decidido, como parte de sua aportação ao Informe Condon, recopilar informação sobre um estranho objeto que segundo os periódicos da época havia se acidentado no Texas no distante ano de 1897. Os resultados de sua investigação foram negativos e o Dr. Kraus concluiu seu informe afirmando que o caso havia sido uma fraude perpretada pelo periodista do Dallas Morning News que deu a noticia, o senhor S.E. Hayden.
Posteriormente à publicação do Informe Condon, que foi recebido por grandes críticas sobre sua suposta objetividade, já que foi acusado de servir aos obscuros interesses do exército para desviar a atenção do público sobre o fenômeno OVNI. Um grupo de investigação ufológica de Oklahoma, o International UFO Bureau (IUFO) e o periodista italiano Duilio Pallottelli enviado pela revista L'Europeo, se propuseram investigar o caso Aurora sem fazer caso das investigações do Dr. Kraus e das conclusões do Informe Condon. Logrando, 76 anos depois, entrevistar-se com varias testemunhas chaves do caso.
Charlie Stevens contava com 5 anos de idade quando tudo aconteceu. Recorda que seu pai lhe contou que aquela fatídica manhã de 1897, enquanto se encontrava ordenhando as vacas, foi testemunha de como um objeto com forma de charuto que emitia um forte silvo se precipitou violentamente contra a propriedade do juiz da localidade, o senhor Proctor. Charlie assegura que viu como o céu se incendiou, e como tudo se tornou vermelho e se escutou um forte estrondo. O garoto, mesmo que posteriormente estivesse na área sinistrada, não pode confirmar a presença do cadáver do piloto.
O xerife de Aurora, Harold Idell, confirmou aos investigadores sua crença particular na autenticidade do incidente e comentou que sua prima Frances lhe havia falado em numerosas ocasiões sobre o tema.
Mary Evans, uma anciã do lugar de 91 anos de idade, recordava ainda aquele sucedido. "Esse incidente -confessou aos investigadores- causou muita comoção. Foi anos atrás, quando todavia não tínhamos aviões. Eu tinha somente quinze anos então, e havia esquecido o assunto até que recentemente apareceu na imprensa. Estávamos vivendo aqui, em Aurora, mas meus pais não me deixaram ir quando foram ver o que passou no moinho do juiz Proctor. Quando regressaram, me contaram que a nave aérea havia caído. O piloto estava desfigurado e morreu no choque. Os homens do povo que recolheram seus restos disseram que era um homem pequeno, enterrando-o no cemitério de Aurora essa mesma manhã. Recordo que no dia seguinte visitei a tumba do piloto em companhia de minha mãe e a sepultura estava sendo velada por vários vizinhos. Aqui vivemos sempre com a convicção de que aquela foi uma historia verdadeira, um fato real".
Broweley Oates, proprietário de um posto de gasolina, relatou que recordava o sucedido de 1897 vagamente, disse que algo se acidentou na zona e que depois explodiu. Oates explicou que anos depois comprou o terreno donde caiu o artefato e que ainda se notavam as seqüelas do acidente. O moinho estava quase derruído e os redores conservavam as marcas do desastre. Em 1945 Oates edificou sobre o poço e construiu um galinheiro indicando aos investigadores que "debaixo deste concreto deve haver um montão de coisas que poderiam servir para estabelecer a verdade".
O ufólogo Bill Case, convencido da realidade do sucedido, e através de uma minuciosa investigação bibliográfica, se mudou para Aurora com a intenção de recuperar pequenos restos da aeronave sinistrada. Armado com um detector de metais, o investigador encontrou alguns filamentos metálicos nas imediações da antiga casa do juiz Proctor. Os supostos restos do objeto foram analisados pela North Texas University. O resultado da análises indicaram que se tratava de uma liga composta por 80% de ferro com a peculiaridade de que carecia de magnetismo.
Bill Case havia encontrado os restos junto ao antigo poço do juiz Proctor, mas no transcurso de sua investigação comprovou como na tumba donde supostamente estava enterrado o suposto extraterrestre, o detector de metais detectava também a presença de componentes metálicos (!).
O passo a seguir era evidente. Havia que comprovar se no cemitério de Aurora repousavam os restos de um ser extraterrestre. Em companhia do xerife Harold Idell, o investigador pediu ao juiz de Aurora uma autorização para exumar o cadáver mas inexplicavelmente o juiz negou a petição deixando o assunto resolvido.
Posteriormente, o International UFO Bureau, uma organização norte-americana privada para o estudo dos OVNIS, empreendeu um recurso legal para proceder à exumação do cadáver do suposto extraterrestre. O resultado da apelação foi negativa. Por segunda vez, se impedia o conhecimento dos fatos.
Os investigadores intentaram solver por todos os meios o problema burocrático da exumação, e tanto o IUFO como uma equipe de investigação do Mutual for UFO Network (MUFON) estavam de acordo em que "se os resultados da análise dos fragmentos que possuímos indicassem ao menos que um dos metais é considerado definitivamente incomum pelos cientistas, teríamos então a evidencia científica em que poderíamos basear-nos para pedir a exumação do piloto da aeronave".
Parece ser que aquela evidencia nunca chegou, já que ainda hoje a permissão para poder proceder à exumação do cadáver tem sido negada. No cemitério de Aurora existe uma lápide sem inscrição que se supõe indica o lugar donde poderia estar enterrado um extraterrestre. Que estranhos interesses se escondem por detrás da negativa de se comprovar o que se oculta na dita tumba? Só o tempo dará ou não a razão a esta inquietante suspeita...
Possíveis Explicações
Mas o que todas essas pessoas estavam vendo há cem anos atrás? Uma coisa que é certa é que elas não estavam vendo nenhum dirigível real.
Dirigíveis existiam na época, é verdade. O dirigível "La France" tinha voado um curso circular controlado em 1885 fora de Paris, e na Alemanha o Conde Zepelim estava construindo seu primeiro "Luftschiff" no Lago Constance. Esforços para construir uma máquina voadora dirigível na América datam de tão cedo quanto 1865, quando Solomon Andrews de Perth Amboy voou seu Aereon contra o vento em Nova Jersey. Em 1867, Frederick Marriott de São Francisco construiu uma nave chamada Avitor que teve muitas de suas características mencionadas em relatos do dirigível misterioso - uma fuselagem em forma de charuto e asas. Um modelo em escala voou, mas Marriott nunca construiu uma versão tripulada.
Mas nenhum dos dirigíveis em existência em 1896 poderia voar mais que algumas milhas no ar parado. Não seria antes de pelo menos vinte anos que um dirigível que poderia voar de São Francisco para Chicago existisse. E o simples pensamento de tentar pousar um blimp primitivo nas Montanhas Rochosas e Grandes Planícies durante o inverno - presumivelmente sem uma tripulação de chão - era tenebroso, para dizer isto suavemente.
A explicação popular em círculos OVNI é que o dirigível não era o produto da tecnologia terrestre de 1896. Obviamente deveria ter sido uma nave de outro mundo - ou várias naves, uma vez que as luzes foram vistas em lugares extensamente separados ao mesmo tempo. É impossível provar que não havia nenhuma espaçonave alienígena sobrevoando a América em 1897; se uma pessoa acredita ou não é puramente uma questão de fé. Mas há outras explicações que são mais prováveis, embora não tão cativantes.
Vale notar que uma proporção grande de avistamentos de dirigível foi publicada em relativamente poucos jornais. A maioria dos relatos da Califórnia apareceu no San Francisco Call. Metade de todos os avistamentos de Nebraska foram publicados no Omaha Bee. O Atchison Champion era o principal jornal sobre o dirigível em Kansas, e o Dallas Morning News publicou muitos avistamentos do Texas. Quando a mania chegou a Illinois e Indiana, era o Chicago Times-Herald que era o repórter mais entusiástico de avistamentos de dirigíveis. Estes não eram sempre os maiores ou mais influentes jornais de suas regiões. Grandes jornais como o Chicago Tribune ou o San Francisco Chronicle tenderam a minimizar o caso do dirigível, mas jornais menores famintos por assinantes foram atraídos pela história.
Atualmente, há um cinismo difundido a respeito do governo, incerteza sobre o mundo pós-Guerra Fria, e uma desconfiança de novas tecnologias. Pessoas que vêem luzes no céu agora as chamam de "helicópteros negros" - os agentes sinistros de opressão espreitando no ar.