DESAPARECIMENTOS MISTERIOSOS (E pouco divulgados) 1ª PARTE.
O MISTERIOSO DESAPARECIMETO DOS FAROLEIROS DA ILHA DE FLANNAN – ESCÓCIA
A luz do farol das Ilhas Flannan costumava piscar duas vezes a cada 30 segundos. Em dias de bom tempo, era possível enxergá-la a 20 milhas de distância, embora o arquipélago, localizado na Escócia, normalmente fosse encoberto pela neblina. Uma equipe formada por três homens guardava essa fortaleza particular de 23 metros de altura – havia uma troca de integrantes a cada duas semanas. Em 7 de dezembro de 1900, James Ducat chegou ao local para mais 14 dias de trabalho. Seu assistente, William Ross, estava doente e foi substituído por Donald MacArthur. O trio estava completo com o segundo assistente Thomas Marshall. Durante o período, a ilha ficou encoberta por um nevoeiro e, no dia 15, o navio SS Archtor se aproximava da ilha, mas nenhuma luz foi emitida pelo farol. Em 26 de dezembro, os tripulantes do navio SS Hesperus descobriram que não havia ninguém no local, gerando um mito em torno deste mistério.
Três guardas ingleses responsáveis por manter aceso o farol da ilha de Flannan, sumiram sem deixar vestígios.
Navio SS Great Eastern parecido com SS Archtor.
Os homens se revezavam a cada 14 dias no farol. Uma equipe de 4 saía e outra chegava por navio.
A ilha é minúscula e está no meio do oceano. Não há terra nas proximidades nem onde se esconder. Além disso o acesso à ilha é dificílimo em função das rochas e encostas pontiagudas.
Como três homens desaparecem da única construção nesta ilha distante? As roupas estavam em seus lugares, os pratos e a mesa postos.
Em 7 dezembro, 1900, James Ducat, o zelador do farol chegou na ilha para recomeçar seu trabalho. Seu primeiro assistente, William Ross, tinha passado mal e um homem local, Donald Macarthur, acabou assumindo seu lugar. Macarthur era um zelador ocasional, que trabalhava lá somente quando os membros regulares do grupo tinham algum problema. Thomas Marshall, o segundo assistente completava o trio.
Na embarcação que os levava para a ilha, estava também Robert Muirhead, o superintendente dos faróis. As inspeções rotineiras eram uma parte de seu cargo e Muirhead costava de manter um controle rígido dos homens sob sua supervisão. O superintendente ficou algum tempo no farol, verificando que tudo estava em perfeita ordem. Teve uma discussão breve com o zelador principal a respeito das melhorias na monitoração do farol. Ele então encerrou o relatório de campo. Cumprimentou cada homem e partiu. O superintendente foi a última pessoa que os viu.
Durante a semana seguinte, como era a prática padrão, o farol foi mantido sob a observação periódica da terra. Um telescópio era apontado da costa para a ilha de Flannan em intervalos regulares. Em caso da emergência, os zeladores do farol poderiam içar uma bandeira apropriada e o auxílio seria imediatamente enviado a eles via barrco. Durante os dias que se seguiram, o farol foi obscurecido frequentemente pela névoa. Era este problema que o superintendente e Muirhead tentaram resolver na última visita dele ao farol em 7 dezembro.
Durante as duas semanas depois, uma névoa pesada envolveu o farol. O farol não seria visível outra vez da base da marinha na costa até o dia 29 dezembro. Em geral quando acontecia isso era mais fácil ver de noite, porque a luz do farol auxiliava. A lâmpada estava visível no dia 7 dezembro, mas foi obscurecida pelo mau tempo nas seguintes quatro noites. Ela foi vista outra vez no 12 dezembro. Após aquele dia, não se viu mais nada.
No 15 dezembro, o navio SS Archtor estava na vizinhança do farol. Perto da meia-noite, o capitão Holman olhou para fora da plataforma do steamer, esperando travar um flash que fosse da luz do farol da ilha de Flannan, como era usual. Holman estava próximo bastante ao farol e dispunha de tempo suficientemente para certificar-se de vê-lo. Mas nenhuma luz era visível. A embarcação de auxílio de Breasclete não conseguiu chegar ao farol em 21 dezembro. O mau tempo impediu que o navio se aproximasse dos penhascos de rocha. As ondas e o vento estavam muito fortes. Isso impediu a chegada da equipe de resgate ao faro até cinco dias depois.
Como era de praxe protocolar, o grupo de funcionários do farol deveria recepcionar o navio em um pequeno bote para ajudar aos homens que os substituiriam. Uma bandeira era erguida para mostrar ao grupo do encarregado que os homens do farol davam as boas-vindas aos seus substitutos. Isso acontecia costumeiramente, mas naquele dia não havia homens, nem bote, muito menos a bandeira. O capitão Harvie, no barco Hesperus, deu ordens para soar a sirene. Mas não havia nenhuma resposta.
Sem resposta eles viram que teriam que entrar na ilha sem ajuda. Isso tornou muito mais difícil o trabalho deles, pois era uma área de maré agitada.
Os homens escalaram uma parte da rocha até chegar na corda que era usada para auxiliar na subida pela encosta da ilha. Os homens se arriscaram e chegaram ao farol.
A porta exterior do farol estava trancada. Por sorte, Moore tinha consigo uma cópia do jogo de chaves. Ele destravou o edifício entrou. O lugar estava deserto. Não havia nenhum sinal do Ducat, do Marshall ou do Macarthur. O relógio na parede interna tinha parado. Não havia nenhum fogo na lareira e todas as camas estavam vazias e arrumadinhas. Uma refeição tinha sido preparada mas, mas estava sob a mesa, intacta.
Moore apressou-se correu de volta até a área de desembarque. Ofegante, explicou a McCormack que o grupo havia sumido no ar como mágica. O segundo ajudante juntou-se a eles em terra e juntos os dois homens montaram uma busca completa na ilha do farol. Nem sinal dos homens. Tinham desaparecido.
Moore e McCormack voltaram ao barco e deram ao capitão Harvie a má notícia. Este, instruiu o terceiro assistente retornar ao farol com os três outros, para que tomassem conta da manutenção provisória do farol antes que acontecesse alguma tragédia.
Enquanto isso, o Hesperus retornaria a Breasclete para informar as autoridades o ocorrido.
Um telegrama foi emitido por Harvie à secretária dos comissários do norte do farol mais tarde que o mesmo dia, informando o desaparecimento dos funcionários.
Na ilha Flannan, Joseph Moore e seu parceiro fizeram uma busca ainda mais rigorosa pelo farol e um retrato dos eventos começou logo a emergir. Ao que puderam observar, tudo correu bem no farol até a tarde de 15 de dezembro. O diário de bordo do faroleiro era fundamental para a investigação. O diário estava intacto, com dados detalhados dos procedimentos e relatórios de cada dia até o dia 13. O chefe da zeladoria do farol havia também esboçado parte do relatório dos dias 14 e 15 em uma folha solta. Pelos registros, houve uma tempestade no dia 14, mas que na manhã seguinte já havia perdido a força. Não havia nenhuma indicação de nenhum problema adicional.
Até hoje inúmeras teorias, como ondas gigantes, loucura suicida coletiva, abdução alienígena e monstros marinhos são as possibilidades para justificar o misterioso desaparecimento desses três homens.
Ilhas Flannan no Google Earth: 58°17'18.00"N, 7°35'24.00"W
O “mistério” da Vila do Lago Anjikuni (Canadá)
Postado por Karina on Sunday May, 31st em Mistérios, Ufologia
Fonte: inconscientecoletivo.net
O caso do desaparecimento de uma vila de “esquimós” inteira, nos arredores do Lago Anjikuni, no Canadá . O relato é realmente intrigante, e em inglês e português já há vários sites contando esse caso. A história também está se proliferando pela internet, mas, como sempre, um site copia do outro, e portanto, fica difícil chegar na “origem”. Uma pena que nem todo mundo que se interessa por ler esses assuntos também se interessa por pesquisar melhor os dados…
Para quem não conhece essa história, basicamente o mistério é o seguinte:
“Talvez o mais fantástico entre todos os casos contemporâneos seja o desaparecimento de uma vila esquimó inteira, às margens do lago Anjikuni, em 1930.”
Até hoje as autoridades canadenses não foram capazes de resolver esse enigma ou entrar em contato com membros ou descendentes daquela tribo. É praticamente como se ela jamais tivesse existido.
O mistério surgiu em novembro de 1930, quando um caçador de peles valiosas de nome Joe Labelle entrou, caminhando pela neve, na familiar vila de barracas, completamente deserta.Apenas duas semanas antes, a última vez em que Labelle estivera lá, a vila era um assentamento agitado e cheio de vida, com crianças correndo e fazendo algazarra, velhas carregando roupas, homens carregando madeira e conversando nos alpendres.
Agora ao invés das amigáveis saudações de acolhimento, Labelle foi recebido por um silêncio sobrenatural.Sem encontrar viva alma, o caçador procurou desesperadamente por pistas que o levassem a explicar a situação. Absolutamente em vão. Os caiaques dos esquimós continuavam ancorados como de costume, suas casas guardavam os artigos essenciais dos habitantes da vila: seus tapetes e rifles. Nas fogueiras apagadas do acampamento, encontravam-se os familiares potes de cozido de carne de caribus (cervo) congelados, que consistiam no prato rotineiro da tribo.
Tudo estava no lugar certo, com exceção das pessoas. Era como se a comunidade inteira de duas mil pessoas tivesse deixado subitamente as suas casas no meio de um dia normal. Mas havia outro detalhe diretamente relacionado à sua ausência: Labelle verificou, profundamente estarrecido, que não havia rastros no chão indicando que as pessoas saíram do acampamento.
Tomado por um estranho e mórbido sentimento de terror o caçador dirigiu-se ao escritório telegráfico do distrito mais próximo e alertou a Real Polícia Montada do Canadá. Os mounties nunca tinham ouvido história parecida. Uma expedição foi imediatamente organizada a fim de investigar a vila, sendo também empreendida uma busca ao longo das margens do lago Anjikuni. Não foi possível localizar a tribo perdida e a expedição só serviu para agravar o mistério. Ao chegar no acampamento deserto, os mounties canadenses encontraram duas gélidas provas que insinuavam definitivamente a possibilidade de que houvesse ocorrido um evento sobrenatural.
Vila de Inuit atualmente.
Em primeiro lugar, descobriram que os esquimós não levaram os seus trenós puxados por cachorros, como Joe Labelle afirmou de início. Além disso, as carcaças dos huskies foram encontradas cobertas de neve acumulada pelo vento nas cercanias do acampamento. Eles morreram de inanição. Em segundo lugar, e em alguns aspectos o mais inacreditável, foi a descoberta de que as sepulturas dos ancestrais da tribo haviam sido profanadas e os restos mortais, removidos, ou seja, apenas os humanos, incluindo os mortos foram retirados da tribo. “Por quem e por quê, ninguém sabe”.
Esses dois fatos deixaram as autoridades perplexas. Os esquimós não poderiam de maneira alguma ter viajado sem um dos seus meios de transporte típicos, os trenós ou os caiaques.E jamais deixariam seus fiéis servos caninos morrerem de uma forma tão lenta e dolorosa.
Ainda assim, eles partiram, e os cachorros foram deixados à sorte.
O segundo enigma, as sepulturas abertas, era o bastante para os etnólogos familiarizados com o comportamento da tribo, uma vez que a profanação de tumbas era desconhecida entre os esquimós. Além disso, o solo estava tão congelado que parecia petrificado e seria impossível escavá-lo à mão.Como afirmou um oficial mounty na ocasião: “Esse acontecimento é, de um modo geral, “fisicamente improvável”.
Mais de meio século depois, esse veredicto ainda é verdadeiro…
Procurando no Google em português sobre esse caso, provavelmente o que você irá encontrar será esse mesmo texto aí em cima, salvo algumas alterações.
A história realmente pega por que possui bastante detalhes. É especificado o local - Lago Anjikuni, Canadá, a pessoa que identificou a “anomalia” - Joe Labelle -, o ano - 1930 -, os investigadores do mistério - a Polícia Real Montada do Canadá e as características do local após o suposto desaparecimento.
Em inglês, essa história é contada com alguns detalhes a mais. Em algumas versões, foram 1.200 pessoas que desapareceram do nada. Em outras, 2.000. Em alguns textos também é especificado o nome “Inuit“, que seria a designação correta para os povos que habitam os Territórios do Noroeste, entre outras regiões do Canadá, incluindo a do Lago Anjikuni. Porém os inuítes não gostam de serem chamados de “esquimós”.
O imenso Lago Angikuni:
Em algumas versões da história em inglês, é especificado inclusive o nome de um oficial da RCMP (Royal Canadian Mounted Police): Pierre Menard. Em um site norte-americano encontrei até um suposto artigo dos arquivos do jornal canadense Toronto Daily Star, datado de 23 de novembro de 1930:
Archived Record:
The Toronto Daily Star, November 23, 1930
Lake Territory, Nov. 23. The Inspector for the Royal Canadian Mounted Police returned today to confirm the disappearance of an Eskimo village in the Northern Lakes region. Ten days ago, fur trapper, Joe LaBelle, contacted the RCMP to report a chilling discovery. While running a trap line, LaBelle snow-shoed out to an isolated Eskimo village on the shores of Lake Anjikuni, only to discover every inhabitant—man, woman, and child—had vanished from their huts and storehouses. “It was as if every one of them poor folk up and took off with no more than the shirts on their backs.”
Inspector Pierre Menard of the RCMP returned with his team’s findings today and confirmed the trapper’s story. The village had indeed been found abandoned under most strange circumstances. “In our search, we discovered undisturbed foodstuff, gear, and provisions but no sign of the villagers. Not a single footprint or track.” Even the Eskimos’ sled dogs were found buried under the snow, starved to death. But the most disturbing discovery of all was reported at the end: the Eskimos’ ancestral graves were found excavated and emptied.
The RCMP promises to continue the search, but for now the fate of the villagers remains a mystery.
Basicamente o que o artigo diz é que o inspetor da RCMP retornou de uma investigação no local do desaparecimento e confirma o acontecido. É contada resumidamente a estranha história de Joe Labelle, e conclui-se que as buscas continuarão, mas que por enquanto o destino daqueles inuítes continuava um mistério. Esse excerto aparece em diversas versões do caso. Se é real ou não, é outro mistério!
Inuits em um caiaque
Uma família Inuit - 100 anos atrás
Uma rápida busca no Google por Pierre Menard e nada de novo ou significativo pode ser encontrado. A mesma coisa buscando por Joe Labelle.
Mas o mais interessante sobre essa história toda, é como ela tem evoluído ao longo do tempo. Segundo um artigo de Randy Freeman para a revista canadense UpHere, a lenda do desaparecimento do vilarejo Inuit só é crível para aqueles que não conhecem o norte do Canadá. No artigo, ele reconta a história, e traz mais alguns detalhes que parecem ter se perdido ao longo dos anos: Joe Labelle vai até o vilarejo dos Inuit por que havia ouvido de seu amigo Arnaud Laurent que uma “estranha luz” havia sido vista cruzando o céu por sobre o lago Anjikuni. Labelle vai até o local para saber o que era essa luz. A partir daí a história permanece mais ou menos a mesma, a não ser por alguns dados diferentes, como eu já especifiquei anteriormente.
Um outro detalhe é apontado por Freeman: existe sim um lago Angikuni no Canadá, porém o nome é escrito com G e não J como aparece em 100% dos relatos do “mistério”. É preciso também ressaltar que os Inuits eram ainda um povo semi-nômade no início do século XX (quando isso supostamente ocorreu), e se mudavam de acordo com o ciclo dos animais e peixes. Então, seria mais do que normal encontrar um vilarejo inuit abandonado…
Mas a história não pára por aí. Antes de essa lenda chegar à internet, ela havia sido publicada originalmente em dois livros. Em um, de 1976, entitulado: “Disaster Illustrated: 200 Years of American Misfortune“, os autores, Woody Gelman e Barbara Jackson contam a história de uma maneira bem diferente. Nela, apenas 30 pessoas (mulheres, homens e crianças) desapareceram, e apenas um único túmulo havia sido aberto e esvaziado. Esses detalhes também podem ser encontrados no livro de 1959, “Stranger Than Science“, de Frank Edwards. Foi com o relato que ele escreveu em seu livro que a parte da investigação da RCMP entrou na história. E é também atribuído a ele a ideia de que UFOs teriam abduzido todo o vilarejo.
Porém, a história toda não é invenção de Frank. Ele se baseou em um artigo que apareceu em diversos jornais do Canadá e EUA na primeira semana de Dezembro de 1930. O tal artigo, entitulado “Tribe Lost in Barrens of North: Village of Dead Found by Wandering Trapper, Joe Labelle” é de autoria de Emmett E. Kelleher. Entretanto, a RCMP só entrou na confusão para investigar os dois autores da história: Labelle e Kelleher. Em 1931, a polícia canadense encerrou o caso dizendo que “nada havia acontecido”.
No próprio site da Polícia Real Canadense, fazendo uma busca pela palavra “Anjikuni”, o que se encontra é o seguinte:
The story about the disappearance in the 1930’s of an Inuit village near Lake Anjikuni is not true. An American author by the name of Frank Edwards is purported to have started this story in his book Stranger than Science. It has become a popular piece of journalism, repeatedly published and referred to in books and magazines. There is no evidence however to support such a story. A village with such a large population would not have existed in such a remote area of the Northwest Territories (62 degrees north and 100 degrees west, about 100 km west of Eskimo Point). Furthermore, the Mounted Police who patrolled the area recorded no untoward events of any kind and neither did local trappers or missionaries.
Resumidamente, o que a nota diz é que o caso do desaparecimento de uma vila Inuit nos arredores do lago Anjikuni não é verdade. A história teria sido criada por Frank Edwards, e não há qualquer evidência que fundamente o relato. A polícia teria patrulhado a área em que supostamente haveria ocorrido o desaparecimento, não tendo encontrado nada. O próprio local onde se afirma que havia um vilarejo não pode ser verdadeiro pelo simples fato de estar localizado em uma área remota demais nos territórios do noroeste.
Essa lenda também havia sido esclarecida em um artigo de 1976 da revista Fate, e novamente em 1988, no livro de John Colombo: “Mysterious Canada“.
A versão do livro “Disaster Illustrated: 200 Years of American Misfortune” (do sumiço de apenas 30 pessoas) poderia até ser tomada como verdadeira, porém também carece de mais dados até para ser considerada misteriosa…
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OUTROS DESAPARECIMENTOS MISTERIOSOS
(TEORIAS SOBRE CASOS SEM EXPLICAÇÃO)
Todos os dias desaparecem pessoas em nosso planeta, sendo que em alguns casos nenhuma pista do seu desaparecimento foi encontrada, sendo as vítimas nunca mais vistas, sumindo sem deixar vestígios.
Como podem ser explicados esses desaparecimentos, sendo que ocorrem muitas vezes em lugares movimentados e com pessoas conhecidadas por perto?
Os desaparecidos poderiam ser vítimas de "fendas temporais", sendo pegas em algum portal "espaço-tempo"?
Muitas teorias giram em torno desses casos, sendo uma delas a de que as vítimas poderiam ter sido "abduzidas" por alienígenas.
A seguir estão relatados alguns casos "bizarros" que ocorreram e ficaram marcados na memória de suas testemunhas devido ao grande mistério que geraram:
O autor romano Julius Obsequens, talvez merecedor da distinção de ser o pesquisador inicial dos "Forteanos", abordou o assunto dos desaparecimentos inexplicáveis em sua obra, Liber Prodigiorum, com uma história que é muito bem conhecida de sua audiência: "Um dia, quando Romulus, fundador de Roma, exortava suas tropas nas vizinhanças do pântano Capreano, lá irrompeu uma súbita e barulhente tempestade de trovões durante a qual Romulus foi envolvido por uma nuvem tão densa que ficou fora de visão e nunca mais foi visto novamente pelos homens mortais. Ele então foi elevado ao nível divino e venerado sob o nome de Quirinus".
As pessoas ainda desaparecem, talvez não tão espetacularmente quanto Romulus (nem são elevadas a divindade), mas que elas desaparecem é um fato inegável. É necessário separar o que pode ser melhor descrito como o lugar comum dos desaparecimentos - aqueles envolvendo pessoas que fogem da lei, de pais que os espancam, pais que raptam seus filhos para viverem na obscuridade em outros lugares, e um mundo de outras razões mundanas - dos casos que de fato confundem a mente e desafiam o senso comum: casos onde as pessoas desaparecem sem deixar pistas de aviões que viajam a 30.000 pés, ou desaparecem de salas onde foram trancadas por fora. Talvez até mesmo mais do que os OVNIs, o enigma do desaparecimento súbito tenha desafiado os investigadores por uma centena de anos e um silêncio ominoso cerca a pequena e silenciosa pergunta ao fim de cada um destes casos, frequentemente também todos horríveis de se pronunciar: onde estarão estas pessoas que desaparecem?
A habilidade de "virar pó" na antiguidade foi considerada de domínio exclusivo de feiticeiros e bruxas. O notório Apollonius de Tyana desapareceu da vista do Imperador Domiciano e sua corte, como a tradição tem contado, causando uma grande consternação. O autor mexicano Artemio del Valle Arizpe nos conta a lenda da "Mulata de Córdoba", uma bruxa dos tempos coloniais que foi aprisionada por sua desconcertante habilidade de encontrar itens perdidos e tesouros ocultos: quando seu carcereiro parou na cela dela para uma verificação, ele ficou aturdido de ver a mulher a bordo de um pequeno navio velejante que ela tinha desenhado na parede, e velejou embora, acenando para seu captor. Os vampiros da Europa oriental reputadamente eram capazes de desaparecer e reaparecer à vontade graças aos poderes malignos a sua disposição.
Mesmo se estes casos supramencionados sejam verdadeiros, eles não começariam a resolver o nosso dilema: os casos contemporâneos que envolvem desaparecimentos misteriosos que, em regra, não envolvem pessoas que desejem desaparecer por uma razão ou outra. Seu desaparecimento é frequentemente súbito e inesperado, ocorrendo de dia ou de noite, sozinhos ou acompanhados, e algumas vezes envolvendo a evaporação do veículo no qual elas viajavam.
Em 1941, uma equipe suíça de resgate foi chamada para realizar buscas de um grupo de alpinistas que não tinha retornado a sua base de campo. Depois de alguns dias, os resgatadores conseguiram encontrar pegadas dos montanhistas que paravam abruptamente no meio de um glacial. Neste caso, as autoridades determinaram que "foi um desaparecimento sob circunstâncias que não podem ser claramente determinadas, pela avaliação dos fatos."
A polícia estadual da Flórida seria a próxima na linha da perplexidade, desta vez resultante do desaparecimento em 1952 de Tom Brook, sua esposa e seu filho de 11 anos. Segundo o relatório, os Brooks tinham visitado um amigo a umas 30 milhas de Miami, e pegaram seu carro para voltar para sua casa às 11:40 da noite. Eles nunca completaram a viagem; a polícia local encontrou o carro deles vazio, faróis acesos e as portas abertas a exatamente 7 milhas da casa de seu amigo. A bolsa de Mrs. Brooke foi encontrada no banco de trás, contendo uma quantidade considerável de dinheiro. Os registros da polícia indicam que as pegadas da família levavam a um campo plantado na beira da estrada, parando abruptamente depois de uma dúzia de passos, como no caso dos montanhistas suíços de 11 anos antes.
Um destino similar teve uma família francesa em 1972: depois de passar uma tarde com amigos, e se dirigir de volta a sua casa nas primeiras horas da manhã, eles nunca chegaram ao seu destino, a escassas duas milhas de distância. Nenhuma explicação satisfatória foi até mesmo fornecida.
É bastante difícil encontrar conjecturas que dêem conta dos destinos destes indivíduos infelizes. A tarefa se torna esmagadora quando o desaparecimento é de centenas ou de milhares que devem ser respondidos.
Durante a Guerra de Sucessão espanhola de 1707, quatro mil homens de uma força de invasão sob o Arquiduque de Habsburg, Charles, acampou ao pé dos Pirineus, a caminho da Espanha, atravessando o campo na manhã seguinte e marchando através de uma passagem da montanha. Esta força bem armada e equipada nunca alcançou seu objetivo, nem jamais foi encontrada. Durante a invasão francesa da Indochina nos meados do século XIX, uma coluna de 650 fuzileiros marchou para Saigon, desaparecendo sem nem mesmo ter encontrado o inimigo. A possibilidade de que os fuzileiros pudessem ter sido emboscados pelas forças vietnamitas foi descartada já que um outro grupo seguia de perto os fuzileiros e não ouviu os sons de um encontro armado, nem encontrou armas espalhadas, equipamentos ou corpos.
As precedentes histórias de casos são bem conhecidas de pesquisadores forteanos e paranormais. Elas são os "casos clássicos" que servem como uma introdução aos casos mais recentes, que permanecem igualmente inexplicáveis - um lembrete ao investigador determinado que outros percorreram o caminho antes e não foram capazes de encontrar as respostas. Os casos mais recentes que se seguem não são menos intrigantes.
Quando o sensitivo holandês Gerard Croiset foi empregado pela polícia porto-riquenha em meados dos anos de 1970 para encontrar duas crianças, filhas de um milionário local, ele concluiu, aterradoramente, que as crianças não estavam em lugar algum deste plano físico. Não disposta a ser cegada pelo que eles encaravam como misticismo, os policiais agradeceram a Croiset e reassumiram suas investigações pelos meios convencionais: as crianças permanecem desaparecidas até hoje.
Jose Maria Carnero, um estudante de medicina de 26 anos, desapareceu da face da terra em abril de 1987 enquanto realizava manobras em sua unidade militar na base militar de Montelareina, em Zamora, Espanha. Relatos indicam que Jose Maria se perdeu de seu esquadrão em meio a uma tempestade de raios, enquanto outros soldados tentavam encontrar abrigo sob as árvores. O jovem homem nunca mais foi visto, mesmo depois da maciça busca do exército espanhol, que até hoje o lista como um desertor.
O autor Salvador Freixedo, que olha estes assunto de desaparecimentos bizarros como parte de seu livro "La Granja Humana", cita o caso curioso de um acidente de veículos em Burgos, Espanha, que causou a morte de várias pessoas e o desaparecimento de um menino de 10 anos de um dos caminhões envolvidos no acidente. Ele não foi encontrado entre as vítimas do acidente e nunca mais foi visto. A polícia iniciamente acreditou que o menino estivese vagando em um estado amnésico e fez uma busca completa na área, no que também teve a participação de civis, e nada foi descoberto. Para poder encerrar o caso, as autoridades sugeriram que o garoto havia se desintegrado, porque de fato o caminhão onde ele era passageiro tinha uma carga de ácido sulfúrico.
Alguns dos casos lembram ficção científica (tenha em mente que Isaac Asimov usou um desaparecimento misterioso para transportar um de seus protagonistas ao futuro em A Pebble in the Sky). Em 1950, um jornal da cidade de New York trouxe uma notícia de quatro linhas sobre a morte de um pedestre atingido por um carro perto do Times Square. Aparentemente o carro não tinha sido capaz de parar e uma multidão de pessoas correu para prestar assistência a desafortunada vítima, um tal de Rudolf Fenz, que foi declarado morto. Havia detalhes desta trista história que eram impossíveis de se desprezar: o falecido Rudolf Fenz estava usando roupas decididamente da década de 20 - um casaco típico, calças justas, sapatos tipo buckle e um chapéu combinando. Seus bolsos tinham vários cartões de visita com seu nome, um convite a respeito de alojamento, cavalos e carruagem, uma carta enviada em 1876. Uma busca na lista telefônica de New York revelou o número de um Rudolf Fenz, Jr., qua tinha falecido alguns anos antes. Não obstante, sua viúva foi capaz de dizer ao investigador Hubert V. Rihn da Divisão de Pessoas Desaparecidas que o pai de seu falecido marido havia desaparecido misteriosamente em 1876 quando ia a uma tabacaria local e nunca voltou para casa. Rihn olhou os registros daquele ano e encontrou um Rudolf Fenz, 29 anos, que tinha desaparecido na mesma noite, a última vez que foi visto estava usando casaco da época negro, calças justas e sapatos tipo buckle.
Certos locais no planeta tem adquirido a reputação de lugares onde desaparecimentos humanos são muito comuns. Alguns deles, como o Triângulo das Bermudas e o Triângulo do Diabo, do Japão, tem formado parte dos estudos populares paranormais há décadas.
Não obstante, as montanhs tem um papel maior como locais de desaparecimentos misteriosos do que qualquer outro sítio. Na antiga tradição, os viajantes que paravam perto demais das montanhas gregas dos montes Parnassos ou Olimpo frequentemente não eram mais encontrados. O El Yunque, de Porto Rico, o Mt. Glastenbury de New Hampshire, e o Mt. Inyangani da área leste de Zimbabue são também lugares não muito bem conhecidos, a despeito dos vastos casos inexplicáveis que tem ocorrido neles e ao seu redor.
El Yunque - Porto Rico
O El Yunque, sempre envolvido em névoa, tem sido a fonte de fenômenos misteriosos envolvendo o paranormal e mais recentemente, OVNIs. Dúzias de indivíduos, turistas de fim de semana e campistas, tem desaparecido inexplicavelmente na floresta tropical. Uma criança desapareceu enquanto descia uma trilha com seus pais e mesmo as equipes de resgate enviadas para investigar tem sido engolidas por esta enganosa área selvagem. Agentes florestais rapidamente culpam areias movediças e buracos inexplorados como razões para estas evaporações, mesmo quando elas ocorrem em área muito distantes de onde são encontradas estas condições.
Os desaparecimentos de Mt. Glastenbury causaram uma sensação na rural e pacífica Vermont. Durante um período de cinco anos, de meados de 1940 ao início de 50, sete indivíduos desapareceram de seu pico perto de Bennington, Vermont. Diferentemente de El Yunque, este local não tinha história anterior de ser um daqueles nos quais as pessoas desaparecem no ar. Um número de teorias, variando de atividades de magia negra a abduções UFO -- tem sido disseminadas para explicar estes desaparecimentos. A primeira vítima de Mt. Glastenbury, muito curiosamente, era um guia de montanha que levava caçadores em trilhas selvagens. Este guia, mais quatro caçadores, nunca foram vistos novamente. Uma outra vitima foi perdida sob condições ainda mais esquisitas: ele tomou um ônibus em Saint Albans, Vermont, sentou-se, foi percebido pelo motorista e por outros passageiros... mas nunca foi visto descendo do onibus que era um onibus direto até Bennington.
Os países africanos, apesar da pobreza em que a maioria está imerso, têm rico cenário de ocorrências ufológicas |
Mount Inyangani de Zimbabue talvez seja o mais intrigante e interessante dos sítios de montanha conhecidos por sua habilidade em fazer pessoas desaparecerem, precisamente porque, em alguns casos, estes desaparecidos tem voltado com histórias espetaculares para contar. A investigadora de OVNIs Cynthia Hind, em um artigo para a revista FATE, discute a experiência que aconteceu a um vice ministro do governo do Zimbabue, que se perdeu em Mount Inyangani com dois companheiros. Segundo o vice ministro, os três homens andaram sem destino em um estado de confusão, sem sentirem fome ou sede, todo tempo acenando freneticamente para as pessoas da equipe de resgate, que não conseguiam vê-los. Aparentemente, certos sacrifícios de sangue foram oferecidos às deidades tutelares da montanha que possibilitaram que os três homens reentrassem no continuum espaço-tempo normal. O artigo de Hind continua para dizer que anteriormente nos anos 80, um assistente distrital de uma localidade que inclui o Mount Inyangani esteve envolvido em uma operação de resgate realizada para encontrar um funcionário desaparecido do governo. Os velhos da tribo Tangwena foram informados da súplica do funcionário e um ritual destinado a reassegurar seu retorno foi realizado. O funcionario desaparecido foi encontrado no dia seguinte, não estava mal por causa da experiência, mas incapaz de se recordar do que tinha feito durante os dois dias em que esteve desaparecido. Outros tem tido menos sorte e seus desaparecimentos nunca foram resolvidos. A eficácia do ritual mágico nestes casos indica que haja uma inteligência de algum tipo que pode ser persuadida, de acordo com a ocasião, para devolver aqueles que tenham tomado, ou inadivertidamente tenham invadido seu domínio. Será que os antigos Tainos de Porto Rico tinham magias para trazer seus perdidos das profundezas enevoadas de El Yunque? Nunca saberemos.
Os humanos sempre tem tido um saudável respeito por certos corpos de água, principalmente lagos de água fresca com má reputação. Alguns deles incluem os lagos escoceses e irlandeses investigados pelo falecido F.W. Holiday e lagos e lagoas em outros lugares do mundo que abrigam monstros ou formas de vida exóticas . Ainda outros lagos são notórios pelo assunto que nos ocupa aqui: misteriosos desaparecimentos humanos.
O pesquisador britânico de mistérios H.P. Wilkins olhou as tradições associadas aos lagos "quentes" do canto nordeste da Islândia, a terra não ocupada conhecida pelo famoso apelido de Od dharhraun. Esta vasta terra vazia hospeda o vulcão Askja, uma cratera gigantesca de 13 milhas, cercada por um panorama lunar de campos de lava e cinza negra.
Neste canto do mundo de pesadelo - lembra a Mordor de Tolkien - entrou um grupo de jovens geólogos alemães realizando uma observação da surpreendente atividade vulcânica islandesa. Eles chegaram em 1905 na vila pesqueira de Husavik e contrataram um guia para levá-los a Od dharhraun, considerado pelos islandeses como um lugar malévolo e sobrenatural. Contra as advertências de seu guia, os alemães fizeram acampamento na região e dois deles usaram um bote para alcançar o centro do lago vulcânico. Quando seu companheiro, que permaneceu fora do litoral, se voltou para examinar o progresso de seus camaradas, ele ficou atônito ao notar que eles não mais estavam lá - os cientistas e o barco deles tinha desaparecido. As autoridades mais tarde empreenderam um esforço de resgate e o lago quente foi dragado, mas os cientistas tinham desaparecido completamente. Wilkins acrescenta a esta história que qualquer investigador que passe algum tempo no interior solitário da Islândia pode facilmente coletar um bom número de histórias a respeito de desaparecimentos bizarros.
Estes lagos indutores de desaparecimentos nem sempre estão seguramente localizados em remotas regiões de países longuínquos. George Andrews, autor de Amigos e Inimigos Extraterrestres, inclui a perturbadora atividade sobrenatural que rodeia o lago Whitney na área de Dallas/Ft. Worth. Citando um artigo do Fort Worth Star Telegram que apareceu em 1976, Andrews nos apresenta uma massa de água no qual pessoas e veículos tem desaparecido das formas mais invulgares possíveis. Quase uma dúzia de carros tem saído da estrada para dentro da água desde a década de 1950, e aviões tem inexplicavelmente afundado nas profundezas. Mergulhadores submarinos também tem desaparecido, embora Whitney seja um lago de contenção sem correnteza. OVNIs tem também sido relatados na vizinhança. O veredito oficial a respeito dos desaparecimentos misteriosos, na maioria dos casos, é "negligência levando ao afogamento".
Os incidentes do lago Whitney nos permitem a transição de uma razão passiva para os desaparecimentos para uma ativa, que tem recebido a maior parte da atenção durante várias décadas: OVNIs. É inegável que exista uma forte ligação entre a pesada atividade UFO e os desaparecimentos misteriosos. O pesquisador Phil Imbrogno ressalta o agudo aumento de relatos de crianças desaparecidas pouco depois da irrupção de atividade ufológica sobre o Hudson Valley na década de 1980 -- aproximadamente 3.000 crianças desapareceram apenas do condado de Westchester, NY. Os agentes da lei ficaram atônitos tanto pelo número de crianças desaparecidas como pelo fato de que eles nunca apareceram em casas no meio do caminho ou distritos de luz vermelha.*
Patrice Gaston, cujo Disparitions Mysterieuses permanece como o manual do fenômeno dos desaparecimentos humanos, nota que no irromper dos ainda não explicados blecautes que mergulharam a cidade de New York City e o Nordeste na escuridão de 1965, no meio de uma pesada atividade OVNI, 4 milhões de pessoas foram relatadas como desaparecidas apenas pela Companhia Tracers nos EUA; um aumento de 2 milhões da estastística anual média de pessoas que são listadas como desaparecidas. Acrescente-se a esta estastística o número de desaparecimentos inexplicáveis que sucederam os misteriosos blecautes que engolfaram o planeta (da Argentina ao Oriente), e lembrem-se da declaração de Charles Fort, "acredito que estamos sendo pescados".
Contudo, devemos nos refrear de sucumbir a tentação de colocar a culpa completamente nos OVNIs -- a maior parte dos desaparecimentos, como aqueles ressaltados anteriormente, ocorreram independentes de ondas OVNI. Os discos voadores e a inteligência por trás deles é mai um outro sintoma do que uma causa.
A pergunta verdadeiramente difícil a respeito dos misteriosos desaparecimentos de seres humanos através das épocas são: (a) o que causou seu desaparecimento? e (b) o que foi feito deles? Várias teorias tem sido apresentadas para responder a estas perguntas perturbadoras.
O erudito britânico F.W.H. Myers acreditava que para cair pelas fissuras que levam da nossa realidade para uma outra, completamente inimaginável, a vítima deve ter um "talento" oculto que ele nomeou de diátese psicorrágica. Esta condição mental ou habilidade causa um rompimento do tecido da mente, energia e matéria enviando a indefesa vítima pelas rachaduras da realidade. Segundo Myers, esta habilidade causaria uma passagem abrupta, não desejada e não intencional de nosso mundo tridimensional a um mundo de quatro dimensões, ou permitira a passagem de estranhas criaturas de sua própria dimensão na nossa. Se Myers estava na pista certa, então alguém também pode supor que pode haver aqueles que tem aperfeiçoado este talento e o utilizem para se teleportarem entre mundos ou planos de existência. Os felinos misteriosos, monstros peludos, criauturas quiméricas que compõe a espinha dorsal da pesquisa forteana podem ter uma predisposição instintiva para a teleportação, assim atravessando [intercambiando] entre a nossa realidade e a deles à vontade. Os autores D. Scott Rogo e Jerome Clark sugerem que entre as características físicas de muitas criaturas bizarras relatadas, a maioria apresentava olhos luminosos, sugerindo que a dimensão de seu mundo poderia ser de escuridão.
O parapsicólogo argentino Juan Jacobo Bajarlya oferece uma explicação diferente: a parapsicologia admite a existência de um fenômeno conhecido como hiloclastia - a penetração da matéria pela própria matéria. Este fenômeno explica como um objeto sólido pode atravessar uma parede por outra dimensão sem deixar um traço físico. Embora a teleportação seria um efeito colateral da hiloclastia, o Dr. Bajarlya nos adverte que os efeitos paranormais somente aconteceriam em um estado de transe. O indivíduo deve entrar no estado de transe que ele denomina paragnosia (o estado de consciência paranormal), que supera os cinco sentidos, ao longo da razão e da vontade livre. A energia produzida pelo indivíduo vivenciando esta condição, geralmente como resultado do medo, pode ser tão intensa que faça com que a vítima levite ou seja atirada a uma outra dimensão, ou a coloque em um lugar inalcançável. Um tratamento mais completo deste hipótese interessante aparece no trabalho do Dr. Antonio Las Heras, "Respuestas al Triângulo de las Bermudas".
Gordon Creighton, editor da prestigiada Flying Saucer Review, e o ufologista espanhol Salvador Freixedo tem expressado uma crença que seres elementais conhecidos no islamismo como djinn, jinas, ou gênios são os responsáveis por estes enigmáticos desaparecimentos. Os elementais árabes tem a sua contrapartida nas fadas européias e nos anões e espíritos nativos americanos. O djinn tem um grande prazer em se meter nos assuntos humanos, e são capazes de fazer isto porque são invisíveis aos nossos olhos. Eles tem a habilidade de aparecerem em nosso mundo sob o disfarce que escolherem e tem grande prazer em abduzir humanos.
Finalmente, voltamos aos UFOS como causa de desaparecimentos. Em caso perturbador, ocorrido em Cajamarca, Peru (não foi dado a data), uma mulher chamada Isabel Tuct foi raptada em um piscar de olhos por um brilhante UFO que repentinamente desceu enquanto ela estendia a roupa lavada para secar. Vários vizinho testemunharam o evento e o caso permanece não resolvido.
Vista aérea de Cajamarca - Peru
Catedral da cidade:
As ruinas de Cajamarca
O testemunho dos funcionarios de Zimbabue que desapareceram em Mt. Inyangani permanece o único meio de responder a segunda pergunta, o que acontece com aqueles que desaparecem sob estas circunstâncias. Conquanto ele não tenham sentido nem fome nem cansaço naquele tempo, é altamente improvável que isto permanecesse indefinidamente. Uma nota mais importante, é interessante saber que esqueletos das vítimas de Mt. Glastenbury em Vermont costumam aparecer muitos e muitos anos mais tarde. Será que eles agem para espelir o corpo físico de volta para a nossa realidade?
Talvez cair em uma dobra de espaço/tempo/realidade tenha consequências devastadoras para a vítima, perturbando seus sentidos e causando danos irreparáveis. Charles Fort menciona o súbito aparecimento de "homens selvagens" aparentemente amnésicos na Inglaterra durante o inverno de 1904-1905. Eles estavam nus e falavam uma linguagem desconhecida entre os especialistas disponíveis da polícia. Poderiam eles terem sido vítimas de desaparecimentos misteriosos e terem reaparecido em outro lugar e tempo, suas mentes arruinadas pela passagem não natural? Se os culpados são de fato djinn ou seres invisíveis que partilham conosco este mundo, só podemos supor qual deva ser o destino das vítimas.
* Isso deve se referir a casa de prostituição e tráfego de escravos brancos infantis.
Fonte: burn.org.br
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